quinta-feira, setembro 29, 2005

Fazes-me mal

Fazes-me mal… com o teu sorriso expressivo, derrubas as minhas defesas…
Fazes-me mal, és ácido a percorrer a minha pele, onde trago tatuado o teu nome… És veneno a percorrer as minhas veias, fazes-me chorar. Fazes-me mal! Fico noites sem dormir, noites sem sonhar… Fazes-me mal, fazes-me sentir lixo, sentir que sou rejeitado. Fazes-me mal porque me magoas quando sonhas, porque me desprezas quando és feliz…

Fazes-me mal… mas sabes tão bem…

sexta-feira, setembro 23, 2005

Como gosto de ti

Eu sonhei com ela. Ela era tão linda. Conversas intermináveis e... Era um sonho. Apenas isso.
Escrevi-lhe isto.

Como gosto de ti:

Como eu gosto de ti meu amor...
Como eu gosto dos teus olhos, do teu corpo e do teu ser.
Como eu gosto do teu olhar lacrimejante e taciturno quando estás triste.
Como eu gosto do teu olhar quando sorris e desfrutas toda a vida que há em ti e a difundes por todos.
Como eu gosto do teu cabelo que muda de cor e feitio a toda a hora e sempre me deixa surpreso.
Como eu gosto de o ver apanhado realçando a tua face.
Como eu gosto quando no dia-a-dia te vestes de forma simples e sempre apressada.
Como eu gosto quando o dia é especial e te aprumas fazendo com que toda a gente repare em ti onde quer que estejas.
Como eu gosto de estar contigo cada minuto que passa.
Como eu gosto da maneira com que vives a tua vida de forma calma e serena.
Como eu gosto que tenhas planos e sejas ambiciosa sem que a tua ambição seja o mais importante.
Como eu gosto quando cais ao chão e és a primeira a te levantar sem o apoio de ninguém.
Como eu gosto quando simplesmente algo vai mal e nem sequer é preciso falar. Os nossos olhares conseguem entender.
Como eu gosto de estar no silêncio contigo.
Como eu gosto quando me tiras da inércia em que vivo aglutinado desde sempre.
Como eu gosto da maneira como te ris e de como dá gosto discutir o quotidiano contigo.
Como eu gosto de discutir livros, música e cinema contigo.
Como eu gosto da maneira como me dás amor.
Como eu gosto da maneira como me proíbes o teu sexo quando o quero.
Como eu gosto da maneira como o me permites ter à última hora e fazemos amor como se fosse sempre a primeira vez.
Como eu gosto de rejeitar por não querer que tu sejas mais uma, pelo contrário, querer que sejas especial, única.
Como eu gosto de olhar para ti todos os dias, todos os minutos e todos os segundos e sentir-te como alguém diferente, alguém especial.
Como eu gosto de sentir que és única.
Como eu gosto de perseguir o teu corpo e a tua pessoa com o meu olhar ao longo do nosso quotidiano.
Como eu gosto de receber o teu abraço no fim do dia e saber de que finalmente estás de volta.
Como eu gosto de ouvir-te a falar do teu dia-a-dia.
Como eu gosto de poder ouvir a tua voz, sentir a tua pele e passar mão pelo teu rosto.
Como eu gosto de poder agasalhar-te todos os dias.
Como me dá gosto.
Como me angustia saber que andas por aí perdida.

Texto do meu amigo sergio, que infelizmente já matou mais um blog, para ele... Aquele abraço senil!

terça-feira, setembro 20, 2005

Pluto - Algo Teu



Pluto - Algo Teu
por Manel Cruz


É só o nada a bater-nos à porta
E a mim importa-me que estejas a meu lado
Enquanto o medo vai dançando à nossa volta

É só uma imagem que sonhámos doce imagem
Nada que um dia após o outro reproduza
Mas meu amor estaremos sempre de passagem
Esquece o que eles dizem sobre um grande amor
Quem podia mais querer-te como eu
Nada que acredite conseguir mostrar pois é algo teu

sábado, setembro 17, 2005

Anormal




Não era bem parecido, caminhava sempre em frente, pois o destino era a vida. De noite perdia-se em torno de luzes trémulas em candeeiros baços, acompanhado da sua solidão amiga, brindava à tristeza e todo o amor que ele possuía dentro de si… Tinha medo do dormir, medo de fechar os olhos e ficar a flutuar pelo seu corpo, de sentir as dores nos joelhos, de sentir aquela dor… dói.
Momentos em que de tão feliz que estava, jurava que não se importava de morrer naquele momento, de pensar, já chega, não quero estragar mais!
Ontem foi um dia longo… experiências, momentos… Não vivi nada de novo, será mais um dia para amontoar junto a outros tantos vazios, sem conteúdo sem brilho… Mas foi um dia em que sei que estou só, o que é o mundo… a vida. Não! Não! Não…



E num descarrilar de emoções... O poeta perdeu-se dentro de si, consumido pela sua escrita, acabou incinerado pelos seus mortais sentimentos…

Desculpem.

terça-feira, setembro 13, 2005

Amor em Pó

São almas perdidas vivendo amores em pó. Formatadas pela televisão, vivem um amor que dizem ser único, que dizem sentir e merecer… Amor em pó com corantes e conservantes, ausência de dor e qualquer outro sentimento puro, fácil de preparar, amor leve e fútil, que se encontra dentro de bonitos pacotes de gelatina, onde bonitas fotos se encontram na caixa… todos sorrimos, todos compramos felicidade!

Tudo isto pelo medo da solidão, já ninguém tem medo de perder a pessoa amada, ninguém sofre pela rejeição, agora o medo é a solidão, cada vez mais egoístas, infectaram o amor, porque segundo eles, o amor só existe quando correspondido…

Merda para o amor, merda para todo este cinismo que me rodeia. Merda para o vosso amor de merda, para a vossa linda historia, onde tudo é bonito, Merda para a vossa falsa felicidade!

Será que amo? Será que tu amas? Será que tu vives…

segunda-feira, setembro 12, 2005

if you get wet

sábado, setembro 10, 2005

Tiro um pensamento do bolso

Tiro um pensamento do bolso e tu guardas o meu pensamento no teu bolso.
- Não percas o meu pensamento. Não o deixes Cair.
Até amanhã pensamento, não te esqueças de mim.

em "Terra do Nunca" , suplemento infantil da revista Noticas Magazine

quarta-feira, setembro 07, 2005

Máscara


Hoje enquanto passeava pelas ruas do pensamento, procurando algo que já temia encontrar, tropecei na vontade de voar, em sonhar acordado, em ver o brilho no teu sorriso, em querer sentir os teus ombros, em te procurar nos teus cabelos… achei que tudo poderia ser mais um tropeção… recompus-me e continuei a caminhar, ao anoitecer todo o meu pensamento escureceu, e quando eu chegava à minha toca, à minha casca, já com a máscara da indiferença nas mãos… voltei a tropeçar… tentei à pressa colocar a máscara, afastar-me da vontade louca de sentir o céu tocar-me nos pés…
Levantei-me olhei-me ao espelho, vi um brilho nos olhos que já não via à meses, por momentos os olhos baços e sem vida estavam agora radiantes, sorria, por momentos corei fiquei envergonhado por tanta felicidade estampada na cara… por fim chorei, e amaldiçoei-me por ser como sou…