Ilusionista
O ilusionista vivia de aparências, efémeras miragens que dançavam em seu torno, belas e robustas, como bailarinas profissionais em corpos de vacas aladas, tudo em seu torno era ambíguo, polémico, irreverente… Iludia tudo e todos com seus golpes de magica com uma varinha tão ágil que desenhava sorrisos nos corações da plateia, que por momentos, enquanto assistia a tal bailado absurdo de sentimentos, sentia-se amada, acarinhada, protegida.
Voaram as pombas e os coelhos voltaram para a cartola, o espectáculo acabou mas a ilusão contínua, é repetida a cada despertar… já tantos são os dias de viciação que o ilusionista não sabe mais o que é real.
Prisioneiro da sua própria ilusão vive amarrado à primeira fila, assiste a tudo de frente para o palco, mas já não bate palmas, já não sorri quando vê tamanhas proezas, os lenços perderam as cores, as cartas foram rasgadas e as pombas mortas estão.
É magia dizem eles… Quando o vêm passar voando tão leve e contente, sem problemas ou outros males que só atormentam quem não ama e mente.
Não é magia. Não!
É ilusão!
3 Comments:
um mês depois voltei a postar kk coisa... posso dizer que foi engraçado escrever este texto, e só por isso é que me digno a comentar, para dizer que poderia até ter sido um poema á séria com rimas e tudo...
enfim poemas à séria ficam para os poetas à séria...
Tenho pena que o teu blog não seja mais constante.
Talvez perdesse a sua piada e é tudo menos um blog "diário", mas para quem gosta de te ler é pena não existir uma maior actualização, é a única "queixa" que tenho a fazer.
Quanto ao texto, é muito teu, muito característico.
Um bocadinho mais de assiduidade também não fazia mal nenhum. Aposto que os leitores iam gostar. :)
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