segunda-feira, março 28, 2005

Amo-te Puta

És uma porca – gosto de ver como gulosa, brincas com o meu esperma, adoro o teu ar nojento de quem vai para a cama com qualquer um, adoro saber que és cabra, que gostas que os velhos de apalpem no metro, gosto de saber que fodes com pretos… amo-te assim! Excitas-me! Dás-me vontade de te bater, de te usar e de te esquecer! És fútil, dominas-me por isso, quero fornicar contigo até que a minha pila inche de ardor… Quero te beijar até que te inchem os lábios, e no fim da noite lamber o teu corpo sujo, cheio de nódoas negras… sou lixo… e tu és a minha puta…

sábado, março 26, 2005

Now I Will Wait

quarta-feira, março 23, 2005

Até que a morte me separe

Vi sangue escorrer-me dos pulsos, senti o desequilíbrio no cimo de uma ravina, provei o sabor da pólvora no fundo do cano de uma arma… pensei que a morte seria mais romântica, teria violinos e órgãos a tocar no fundo, enquanto uma voz cristalina chorava uma linda canção… mas não… é apenas mais um dia, um dia que será o ultimo não por ser trágico, mas o ultimo, porque o seguinte não vem…

No fundo, não há dramas, não morremos sozinhos, nem acompanhados, morres… sem medo…

Mas eu não morri… porque não era a minha vontade

quinta-feira, março 17, 2005

de «Finita Melancolia»

O resplendor do sangue sufoca-te a boca
que já não pergunta nem responde nem sorri
e o sopro dos oceanos atordoa-te o corpo
naufragado na fímbria dos meus sentidos

imagina agora uma flor ou um revólver
na hulha nocturna disparando sémen ou
uma bala de ouro perfurando o peito
daquele que soube fingir a felicidade

e no centro dos seus olhos o poço
onde agoniza tua cabeça de cinza
iluminada


Al Berto
de «Finita Melancolia», 1989

domingo, março 06, 2005

Grass